segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Evolução de Espírito

Eis que em plena madrugada, com o sol prestes a nascer, eu me deparo com um pecado capital. Do outro lado da tela estava uma pessoa que se julga perfeita. Tão perfeita a ponto de julgar as outras. Em alguma encarnação muito antiga eu fui assim, tomadas as devidas proporções. Eu julgava e matava, tirava a vida de alguém simplesmente porque eu era a dona da verdade. Voltei a este mundo muitas e muitas vezes, para aprender que não tenho poder de julgar as pessoas. As características que a elas são dadas, de algum modo, refletem aquilo que elas devem superar aqui. Só que eu ainda não aprendi a lidar com pessoas menos evoluidas. Com pessoas que hoje são como eu fui um dia. Acho que um dos propósitos da minha encarnação é esse. Aprender a conviver, a precisar do outro, a enxergar o outro. Porque de tanto eu me achar auto suficiente, minha alma trouxe uma carga de superioridade. E querendo ou não, hoje eu sou evolutivamente superior. Pelo menos na questão espiritual. E encontrar alguém me julgando foi algo que a essa hora não me fez bem. Entalou. Desceu seco. Eu nunca disse que sou perfeita. Na verdade, inclusive, sei que estou longe disso ainda. Ainda estou em sagitário. Mas estou cada vez mais perto de peixes. Cada vez mais perto de não precisar mais voltar. Acho que também por isso cada vez mais eu gosto mais do outro mundo que do meu. E cada vez mais eu quero cumprir as minhas missões, que nem sei quais são, e ir embora. Quero aprender a entender o outro. Mas também, não quero todos ao meu lado. Quero comigo apenas aqueles que me entendam, que me escutem, que saibam exatamente como me sinto e que saibam a coisa certa a dizer. Quero ao meu lado pessoas que me conheçam além da armadura, além da casca, da impulsividade e da raiva. Quero pessoas que me viram pequena e que souberam crescer ao meu lado e me ajudar a crescer. E essa postagem, que começou com um grande acesso de raiva, por conta de uma pessoa menos evoluida, agora de transforma em algo renovador para o meu espírito. Essa postagem agora fala dos meus, dos que eu amo. Porque o amor é a maior forma de evolução. Então eu deixo a raiva de lado, proque ela não faz bem ao meu corpo carnal e muito menos ao meu espírito. Deixo entrar o meu orgulho em ter feito nessa vida grandes laços, em ver que existem pessoas nesse mundo muito mais evoluidas que eu e que vieram apenas para ajudar. Fecho meus ouvidos para as pessoas menos evoluidas. Não. Não sei como ajudá-las a crescer, porque eu ainda preciso crescer. Fecho os ouvidos para que meu espírito não sinta. E abro o coração para os meus amores. Para minha mamãe, meu papai e minha avó querida, que escolheram cuidar de mim lá em cima, mesmo sabendo como seria difícil essa tarefa. Para meus irmãos, que vieram pra de alguma forma me ajudar a enxergar duas pessoas tão diferentes dentro de uma mesma casa, nascidas de uma mesma barriga e convivendo comigo, as vezes em harmonia, outras não, mas sempre rumo à evolução espiritual. Porque nossos laços não são apenas de sangue, mas de alma. E nós três sempre estaremos unidos de alguma forma. Abro meu coração ao amor dos meus amigos de verdade, porque eles não são da minha família carnal, mas escolheram ser meus irmãos de alma. Obrigada de verdade por estarem ao meu lado de alguma forma, por me ajudarem a crescer de alguma forma, por saberem exatamente quem eu sou e ainda assim não fugirem correndo de mim. Obrigada! Eu amo vocês! E irei nomeá-los, porque pai, mãe, irmão e avó não precisa de nomeação, mas amigo de alma precisa. Amigo de alma é algo tão difícil de achar, que enxergar isso se torna quase impossível. E por isso eu digo aqui: obrigada Iveline, Bruno, Manuela, Monica, Thaiana, Alana e Lorena. Obrigada! Obrigada a todos que não quiseram correr de mim. Que, ao contrário, ficaram ao meu lado e me ajudaram sempre que precisei. Sou uma pessoa melhor por vocês e para vocês. Eu os amo!

Um beijo!

Thay

PS: "Não me compare, sou mesmo incomum!"

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Epitáfio

Hoje aconteceu o ritual de passagem de minha tia Inês. Após 82 anos de vida e 60 de casamento, 2 filhos e 3 netos, ela se foi, na noite de ontem, deixando saudades. E há poucos dias eu havia encontrado com ela e ela alegremente comentou comigo que seria minha paciente. Ela sempre torceu muito por mim. "A filha de Ariston". Assim me chamava, pois numa família tão grande, fica difícil lembrar o nome de todos os sobrinhos. Mas eu era a filha espevitada. A menina teimosa e traquina, mas que era "a mais inteligente de todas". E minha tia se foi na noite de ontem, sem causa de óbito e sem autópsia. Não quiseram prolongar o sofrimento da família esperando o IML averiguar as possíveis causas de falecimento de uma senhora de 82 anos. Até que hoje ela fez seu ritual de passagem (ou nós fizemos para ela). Eu gosto de funerais. Meu pai os detesta. Nem quis chegar perto do caixão, enquanto eu segurava na mão do meu tio e do meu primo e dizia a minha tia que sabia que ela estava com Deus. Não me sinto mal com funerais, com as passagens das pessoas. Acredito que há um propósito para a vida não ser eterna neste plano. Acredito mais no plano superior e nos desejos divinos. Nunca chorei em funerais, nunca senti falta de ninguém que já se foi. Na realidade, não é que eu seja insensível. Apenas sinto a presença deles em meu coração. E é tão forte que não me faz falta. Não é a ausência que está presente, são os bons momentos. E além do mais, eu realmente creio num plano superior melhor. Não sei se terei toda essa força quando meus pais partirem, ou meus avós. Mas sinto que terei coragem de discursar sobre eles, mesmo que a dor seja grande. E hoje eu vi uma linda prova de amor. Meu tio deixou o espaço dele reservado no mesmo jazigo, para quando ele fizer sua passagem. E plantou a flor preferida da minha tia ao lado dela, para que a vida ali nunca se acabe. Quando eu for, eu não quero que chorem por mim. Não quero ninguém de óculos escuros para esconder olhos inchados. Não quero abraços de compaixão. Não quero que olhem meu corpo pela última vez com pena. Quero que me olhem como eu olhei minha tia hoje, com a sensação de que ela cumpriu seu papel e que está feliz no outro plano. Se puderem, façam uma festa. Digam o quanto eu fui feliz. Diagm que, apesar de ser bipolar, era justamente a minha doença que me tornava a pessoa mais feliz do mundo. Eu vivo de extremos. Minhas felicidades são sempre exageradas. E assim quero que se lembrem. Das felicidades sem fim, dos sorrisos, das conquistas, das coisas boas que ainda não fiz. Quero todos sorrindo e dizendo "Ela foi feliz, ela teve uma vida tranquila e agora vai dar trabalho lá em cima, vai querer trabalhar, vai querer ajudar aos outros, vai querer continuar o que fazia aqui". Quero que se lembrem porque escolhi ser médica. Por amor ao próximo, talvez mais que a mim mesma. Por amor ao desconhecido. Pela vontade de ajudar. Não sou santa. Longe de mim (bem longe). Mas quero que lembrem das coisas boas. Da infância em Guarajuba. Da mordida de cobra. De como eu sempre me expressei bem. Das quedas de bicicleta. e quando eu perdi os dentes. Do dom para a oratória, o teatro, as artes. Da inteligência. Da felicidade em ter passado no vestibular. E quero que me desculpem por cada coisa de ruim que fiz. Não que se lembrem com rancor. Mas que façam uma prece e me perdoem, pois eu, de onde estiver, perdoarei cada um se alguma mágoa tiver restado em meu coração instável. Mas eu peço, de verdade, que se eu morrer antes de vocês, levem meu pai ao funeral e façam que ele se sinta feliz. Quero todos felizes. Não porque estarei longe e minha presença física jamais se fará novamente. Mas felizes porque um dia conviveram comigo. Porque tiveram o privilégio de conhecer uma pessoa cheia de problemas, mas feliz. Quero muito que meu pai saiba que eu o amo e que se eu for antes dele, quero que ele se sinta orgulhoso pelos anos que passou ao meu lado, pelas noites que não dormiu para me ver dormir. Porque se a vida seguir seu curso natural e o senhor for antes de mim, ainda que eu não me lembre dessas noites, terei na lembrança o quanto me amou e isso preencherá meu coração do vazio e da ausência. Enfim. Que deus esteja conosco sempre. Que hoje ele esteja ao lado de minha tia. Que tia Elza e tia Nina já possam recebê-la na colônia. E que quando eu reencontrá-las, o momento seja de festa. Mãe, apesar de eu ter dito palavras aqui sobre meu pai (porque eu realmente me orgulho dele e o acho a pessoa mais inteligente do mundo), quero que se sinta da mesma maneira que ele. Porque, ainda que eu estivesse errada, você esteve sempre ao meu lado para me defender, como uma leoa defende sua cria (e você é de leão). Eu sou sua cria. Sua cara, seu focinho, seus olhos e olhares. Sou você mais nova e me orgulho disso. Aos meus irmãos, que ótimas companhias vocês foram. Apesar das brigas, meus dias se tornaram muito mais divertidos ao lado de vocês. A vovó, meu aninho, minha estrela-guia, eu a amo. Não sei nem a dimensão disso, mas é algo tão grande que mal cabe em mim. A senhora é tudo na minha vida. Nasci praticamente na sua casa, vivi na sua casa no início da minha vida, fiz xixi no seu sofá novo, aprendi a ler com você comprando gibis pra mim toda semana. Vó sempre estraga os netos. Mas a senhora não me estragou. Aprendi a ser uma pessoa melhor com a senhora e pela senhora. Sua doença me aproximou ainda mais de ti. E quase como um único cordão umbilical, eu, a senhora e minha mãe estamos para sempre ligadas. Aos meus avós paternos, também os amo. Minha avó e sua mania de dizer que eu era superdotada, sempre me enchendo a bola. Meu avô e seu jeito rabugento de reclamar, mas seu jeito carinhoso de dar colo quando preciso. Aos primos, obrigada pela infância maravilhosa. A vovô, se eu partir antes da vovó, quero que o senhor me acorde. Ficarei mais tranquila ao seu lado. Se eu partir depois dela, do papai e da mamãe, que me acordem aqueles que puderem. Amo muito vocês! Mãe e pai, quero que lembrem de como eu acordava a noite e ia para o meio da cama de vocês, porque eu sempre estarei unindo vocês dois (acho até que é pela falta de vocês ao meu lado na cama que até hoje eu não durmo bem). Mamãe, se meus olhos se fecharem antes dos seus, me dê um beijo para que eu jamais tenha medo da escuridão. E papai, se eu passar antes de ti, por favor, não esqueça de me carregar pela última vez, para que eu possa dormir tranquila por toda a eternidade...




Com amor e para sempre




Thaise


PS: Escrevam no meu jazigo "Aqui jaz alguém que jamais partirá dos nossos corações"

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pra explicar a postagem anterior - O mito de Sagitário

"Quíron - O centauro

O centauro desta constelação pode ser associado ao mito de Quíron, o grande mestre de muitos heróis e deuses. Este centauro conhecia o segredo das ervas e a arte da cura. Representa uma sabedoria interior, a ser resgatada na psique. O filho de Sagtário está associado ao mito do famoso centauro Quíron, que nasceu dos amores de Saturno, metamorfoseado em cavalo, e de Filira. Quíron era metade cavalo e metade homem e passou sua infância as montanhas e nas florestas. Tornou-se amigo de Diana e com ela costumava caçar. Quíron tinha enorme inteligência, conhecimento dos símplices e das estrelas. Sua caverna tornou-se uma célebre escola. Ensinou Hércules, Jasão, Aquiles e Teseu. Ensina também medicina, cirurgia e anatomia. Examinando as flechas que Hércules tinha tingido com o sangue de Hidra, por acaso, uma escapou-lhe das mãos e atingiu-lhe o joelho. Todos os remédios foram impotentes. Devido as dores insuportáveis, Quíron pede a Júpiter que abrevie seus dias."

Essa postagem na verdade era para explicar o motivo de eu ter escrito sobre um centauro. Nasci sob o sol de Sagitário. Mas quando li esse texto explicando o mito, vi que tinha mais a escrever do que uma simples explicação. Essa história explicou a mim um pouco das minhas paixões na vida. O motivo de eu tanto amar Saturno e Júpiter, que sempre foram, desde criança, os planetas que eu mais gostava. O motivo de eu adorar as estrelas e adorar estudá-las. O motivo de eu achar Diana (ou Ártemis) a deusa mais legal do Olimpo (filha de Júpiter, pra quem não entende de mitologia). O motivo de eu adorar estudar sobre mitologia. O motivo de eu simplesmente ter escolhido a medicina, e mais ainda, a cirurgia. Enfim. Esse texto na realidade me trouxe revelações que eu deconhecia a respeito do meu sol. Estou impressionada com o que li e com a semelhança que isso tem com a minha vida. Que bom que pude ler esse texto do mito de Quíron. E que bom compartilhar isso.

Até breve.

Thaise

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sob o Sol de Sagitário (ainda que o sol esteja de verdade em Leão)

Enfim decidi por tirar as máscaras
Arranquei os moldes que fizeram
Tirei o espartilho
Decidi por ser quem sou
E se quiser
Reclame com o cara lá de cima
Ele quem me fez assim
E nem ele a todos agradou
Que pretenção a minha querer
E algum dia cogitar
Que eu poderia de fato agradar
Mas hoje algo aconteceu
Uma mudança interna
Como se as águas de um rio tivessem quebrado a barragem
Elas inundaram tudo
Inundaram meu coração de mim mesma
E eu gostei de ser eu
Gostei de sentir no meu mais profundo âmago
O gosto doce de ser quem eu sou
Sem me moldar
Sem correr o rio conforme suas margens
Decidi ser novamente um centauro indomado
Decidi atirar minhas flechas
E se doer
Que doa!
Vim aqui pra evoluir
Entender quem sou
E o motivo de estar aqui
Ainda que não saiba exatamente
Mas que desconfie
Vim aqui para ajudar
Para dividir
Para dar um pouco de mim
Mas como dar algo de mim
Se malmente sei quem sou?
Vamos, centauro!
Seja selvagem novamente
Seja bruto e valioso como a ametista encontrada pelo garimpeiro lá de cima
Seja alegre como o amarelo do sol que ilumina seus dias
Aqueça como o fogo que o representa
Mas não esqueça de ter um pouco da melancolia que a noite carrega
E um pouco do mistério que a ausência pode proporcionar
Vai, centauro!
Corre livremente por esses campos que são chamados continentes
Leva um pouco de ti a cada canto
Porque você tem muito a dar
E se hoje você tem motivos para agradecer
É porque um dia
Lá em cima
Alguém disse
"Solte as labaredas que existem em você!"
Pode ser que você tenha demorado a abrir os olhos
Pode ser que tenha demorado a tirar as correntes e sair da caverna
Mas enfim, pôde enxergar a luz
Não se cegou
E pôde libertar-se de uma forma plena
Seja sublime e leve como uma borboleta
Que voa por entre as árvores
E sabe pousar sem fazer barulho
Mas saiba a hora de chegar galopante
E saiba a hora de jogar suas flechas
Atinja o alvo
Porque centauros devem ser precisos
Como um cálculo matemático
Ainda que isso seja apenas poesia.
Não se explique demais
Não tente ser o que não é
Você só tem essa vida
E como diria Vinícius:
"Deve ser intensamente vivida!"
Ainda que nem tudo sejam flores
Você enfim desaguou seu rio
E tornou-se mar
Sêde como suas águas
Forte quando preciso
Quente para os que necessitam
Fria com aqueles que merecem
Misteriosa para os que sabem olhar.
Guarda de ti um pouco
Para que os poetas possam amar
Quebra suas ondas
Molda espuma em água
Molha a areia
Leva alimento
Se deixa salgar
Sêde calmo
Para os que decidem relaxar aos seus encantos
Infinito
Para aqueles que decidem sob você se pôr
Espelho
Para os que decidem em você
Ser a luz do luar

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ele me deu um nome e mandou seguir em frente...

E no dia dos pais, quero fazer um texto em homenagem a todos os pais que estão de alguma forma presentes na minha vida.

Falar de pessoas que abdicam de suas vidas para dar a vida a uma outra pessoa é uma tarefa um tanto difícil. Pai e mãe são como homens e mulheres-maravilha, são preciosidades, são as peças mais raras e valiosas que se pode ter.
Agradeço a Deus, maior de todos os pais, por ter me dado esta alma e um propósito para seguir adiante, ainda que eu não saiba extamente aonde chegar. Sei que o Senhor tem pra mim algo de muito especial e confio plenamente nos Seus escritos para a minha vida.
Agradeço ao meu pai, pela vida, pelo amor incondicional, pela inteligência que só ele tem, pela integridade que me ensinou a ter, pelo nome que me deu (ainda que não tenha sido o nome que eu realmente queria que viesse de você), pela orientação dada ainda que sempre tenha me ensinado a caminhar com minhas próprias pernas.
Agradeço a meu avô, por ter sido um pai duplamente enquanto vivo, por ter sido duro quando necessário, por ter sido avô quando eu precisei de colo e pai quando eu precisei de sermão.
Ao meu avô que ainda está vivo, agradeço por sempre ter me deixado as portas abertas, por ter dado a meu pai uma eduação tão valiosa, que a mim foi passada.
Ao meu padrinho, porque, apesar de não ser meu pai, aos olhos de Deus você sempre me orientou e eu serei eternamente grata, por sua ternura, por seu acolhimento, por seu colo quando eu precisei.
Ao avô "postiço", porque apesar de não ser meu avô de verdade e de nunca ter substituido a falta que o meu avô fez ao partir, ele escolheu ser meu avô por livre e espontânea vontade. Uma pessoa que faz essa escolha merece de mim eterna gratidão.
Ao meu sogro, simplesmente por ter dado a vida ao homem da minha vida.
Ao homem da minha vida, que apesar de ainda não ser pai, está predestinado a ser um pai dedicado e brincalhão, que vai educar com louvor os meus filhos e vai torná-los pessoas de bem. Agradeço ainda porque antes de ser pai, resolveu mudar meu nome e seguir ao meu lado este caminho.
Amo todos vocês!

Da filha, neta, nora e futura esposa.


Thaise

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Sem inspiração 2

Os sete sorrisos da ametista

Ela tem um sorriso ao amanhecer
E parece que o sol inteiro a ilumina
Ela tem um sorriso quando está triste
E parece que nada abala a doce menina
Ela tem um sorriso quando está feliz
E parece que o mundo inteiro assim condiz
Ela tem um sorriso pras horas em que não se deve sorrir
E parece que naquele momento desaparece tudo de ruim
Ela tem um sorriso pra hipnotizar
E assim ela consegue atrair pra si cada olhar
Ela tem um sorriso quando quer conquistar
E assim paralisa os meus passos, meu cantar
Minha pedra preciosa, seu sorriso me faz te amar
Ela tem um sorriso ao se apaixonar
Mas esse eu não te conto
Só eu conheço
É nosso segredo
Ninguém mais sabe dar!

terça-feira, 12 de abril de 2011

Escolinha da Ladeira

Eu nem sei por onde começar, tamanha a minha revolta em relação a uma faculdade que eu desacredito, que eu só estou porque preciso terminar, porque meu amor pela Medicina faz com que eu aguente certas coisas. Há muito tempo venho tento decepções seguidas contra essa "escolinha da ladeira" que chamam de faculdade de Medicina. A começar pelo 1° semestre quando eu vi que as provas não pretendiam fazer o aluno aprender, apenas passar. Definitivamente só tivemos provas medíocres (com exceção de BMC e Biofunção). Tinha um alfinete em um coração e perguntava que parte do corpo era aquela. Provas de anatomia deveriam ser descritivas. Ainda mais nessa faculdade, de onde saem os ditos "grandes cirurgiões". Enfim, tivemos Anatomia Topográfica pra reparar os danos das outras anatomias e milhões de pessoas foram pra prova final. Mas ninguém perde na prova final. Ou quase ninguém. Há alguns relatos, mas são tão escassos, que ninguém acredita. Depois tivemos TOCE I e um clega que cursou a materia 3 vezes e na 3ª teve que ter uma ajudinha pra passar, porque ele tinha um atestado psiquiátrico e não poderia ficar retido, sem ir para o Internato. Depois dessa, fiquei ainda mais decepcionada. Aí os problemas vieram pra mim. Até então era uma coisa geral, problemas (in)comuns de uma faculdade particular que nos deveria oferecer o melhor serviço e não nos oferece. De uma faculdade que só faz aumentar 10% ao ano (ok, 9,8% pra os alunos pararem de fazer greve). Comigo dois fatos aconteceram e eu fiquei e ainda estou indignada com tamanha falta do que fazer das pessoas, que só querem dificultar sua vida. Primeiramente, um louco bateu no carro do meu namorado no inferno que é o estacionamento da faculdade. Como eu estava dentro do carro, discuti com ele. Uma semana depois (sim, vocês leram bem, UMA SEMANA DEPOIS) ele aparece com um arranhão no carro dizendo que fui eu quem fiz. E qual não foi a minha surpresa ao ver que a faculdade acreditou e me suspendeu por 7 dias, sem nem mostrar câmeras de segurança ou qualquer imagem que provasse o que ele dizia. E ainda suspenderam meu namorado por 5 dias apenas por estar me defendendo. E o pior é que a suspensão era inválida. Primeiro porque o artigo referido na suspensão não existe no manual do aluno. Segundo, porque no artigo que eiste, fala-se em advertência em caso de primeira ocorrência. Eu nunca tinha feito nada antes. E na verdade nem fiz nada, mas paguei o pato de quem fez. Isso se não foi o próprio menino que arranhou o carro só pra me culpar porque ele saiu de besta na discussão. Enfim. Agora vem de novo a faculdade aprontar pro meu lado. Há 15 dias atrás fui pro plantão do HGE e tive uma briga, a qual eu assumo, no estacionamento. Isso porque meus colegas tinham estacionado o carro dentro do estacionaento e o segurança não queria que e estacionasse, sem nenhuma justificativa pra que alguns pudessem e outros não. Fiquei pirada e com o carro parado uns 20 minutos esperando explicações. Até que me mandaram parar o carro do lado de fora e ir para o RH. Mas o "Do lado de fora" é num lugar super perigoso pra uma mulher sair sozinha as 19h. Ainda mais em um hospital geral, onde todo tipo de gente entra e sai. Quando parei meu carro na rua, já fui abordada por pedintes, obviamente. Subi para o RH e lá estavam todos os internos. A coordenadora perguntou quem estava com o carro dentro do estacionamento e apenas uma teve coragem de assumir. Os outros mentiram e eu fiquei com cara de idiota. Eu podia apontar cada carro de cada um, mas ninguém acreditava em mim. Enfim, a coordenadora me mandou de volta pra casa, sendo que eu levei falta no plantão. Fui embora mais de 11h da manhã, quando já não dava mais pra ir pra o HGRS onde teno aulas normais do internato. Levei falta nas aulas e um ponto a menos por cada falta. Queriam teletransporte, só pode! Aí durante a semana, a secretária acadêmica do 5º ano, Maria Luisa Cardoso, me falou que eu poderia voltar às atividades do HGE e que teria que dar dois plantões extras sem direito a contar como carga horária. Perguntei como faria com os plantões extras e ela disse que eu deveria chegar mais cedo na segunda (ontem) e falar com Rita Ladeia para marcar os dias sem chocar com as aulas, que provavelmente seriam finais de semana. Como não tinha como chegar mais cedo, pois Dr. Canedo não tolera muito as coisas, tive que ir direto as 19h. Dei normalmente meu plantão ontem. Hoje, liguei pra falar com ela e marcar os dias que deveria repor. Ela me disse que esses dias necessariamente seriam segundas-feiras durante o dia e que eu só deveria começar a reposição após o final do estágio, o que coincide com as minhas duas semanas de férias. Eu estava programando uma viagem de férias e ela me disse que eu teria que perder minhas férias como punição. Disse ainda que eu não deveria ter ido ao plantão ontem, que mesmo estando lá eu levei falta, porque eu ainda estava suspensa do HGE, que ainda nem sabiam o que ia acontecer comigo. Fiquei pirada! Como que não sabiam? Maria Luisa já tinha me dito tudo certinho! Mas fiquei sem ter como rebater, porque ficou o dito pelo não dito, palavras soltas que não comprovam nada. Enfim. Como eu só soube disso hoje pela manhã, por volta das 9h30, já não dava mais tempo de ir para o HGRS novamente. Então mais uma vez levei falta e um ponto a menos por cada falta. Afinal de contas, se eu estava suspensa e não era pra ter ido ontem, o pós-plantão de hoje não deveria existir. E aí eu fiquei nessa sinuca, onde a Bahiana mandava eu resolver com o HGE e vice-versa. Ninguém me dava nada por escrito, nenhuma resposta concreta, nada! E eu perdendo ponto de graça, por erro de comunicação deles. Enfim. Isso é só um desabafo mesmo, de alguém que a cada dia que passa só faz contar os dias pra receber o diploma e dizer que APESAR DA FACULDADE vai ser uma grande médica. Desacredito mesmo dessa "escolinha da ladeira" e mais ainda dos seus "governantes"... Vou-me despedindo cheia de raiva ainda, sem saber o que fazer ainda, mas com a certeza de que cada dia mais eu detesto aquelas pessoas e aquele lugar... Beijo!

terça-feira, 22 de março de 2011

Plastic surgery addicted?

Tá! Morta de medo, há quase um ano atrás, encarei um centro cirúrgico, mas não como estudante. Foi como paciente mesmo! Entrei naquele Day Hospital com mais medo que tudo na vida. Tomei um Dormonid que me deixou mais acesa e chorando. Entrei andando no centro, totalmente consciente, ainda chorando e com minha mãe me olhando pela porta. Estava sozinha, prestes a me submeter a uma cirurgia que pra mim era mais que estética. Essa cirurgia era uma questão de saúde mental. A anestesia foi bloqueio raquimedular, cujo acesso foi tentado várias vezes e o único motivo de dor no pós-operatório. O propofol que me deram na veia não fez efeito imediato. "Conte até 10" e eu contei até 50 e nada! Aí foi mais uma de propofol com midazolam e eu finalmente apaguei. Foi uma sensação maravilhosa! Mas no meio da cirurgia eu acordei, depois dormi, falei besteira, enfim, coisas de uma paciente resistente a qualquer dessas medicações! A cirurgia durou 1h a mais que o previsto e até hoje não sei o motivo. Mas faria tudo de novo! As próteses são lindas, estão super bem posicionadas, com a transição perfeita. A primeira coisa que falei quando acordei foi que queria roupas novas. Não lembro, são relatos de minha mãe e minha avó. Eu ainda estava sob esfeito da anestesia e já
a estava radiante. Mas aí veio o problema! Tudo foi tão imediato, tão maravilhoso, que eu fiquei na maior vontade de tomar aquele propofol de novo mais umas vezes. Uma rinoplastia, uma lipoaspiração e uma cirurgia ortognática. Sendo que esta última foi indicada a 14 anos atrás e eu tive medo de fazer. Mordida aberta, cruzada e algumas coisas mais que eu ainda não entendo. Gente! Mas dormir de um jeito que voce achava ruim e acordar perfeita é o método terapeutico mais eficaz que eu já conheci! Viciei? Não sei! Só fico imaginando que as pessoas geralmente falam que nós escolhemos nossas especialidades médicas por conta de nossos anseios. Estou começando a acreditar que isso é verdade. Depois de uma vida envergonhada pela hipomastia severa, eu me orgulho do meu silicone. Quero isso pros meus pacientes. Esse tratamento imediato pra sensações psíquicas. Essa coisa de acordar e mesmo com todo o inchaço ter a maior satisfação do mundo. É assim que eu vejo minha futura especialidade. Uma cura imediata pra um sentimento ruim. Sem psquiatra, sem mediação, alí, na hora! E quem quiser que ache fútil. E se quiser me achar viciada, ache também! Só quero mesmo dar a todos que quiserem a mesma sensação que eu esperei quase 10 anos pra sentir... Extase! Acho que é isso!

terça-feira, 8 de março de 2011

Reflexões de mil e poucos anos

Não pensei que iria voltar a escrever filosoficamente um dia, visto que com o passar dos anos fui me tornando cada vez mais fria e objetiva. Pode ser culpa da Medicina, sei lá. A pergunta não é se sente alguma dor, mas se dói a cabeça. Você já não se importa mais em ver tanta gente doente a sua volta quando tem 5 anos de rotina com essas situações. Vida e morte pra você são como tomar banho ou beber agua. Coisas naturais, coisas que acontecem. Você entra na cirurgia da pessoa que você mais ama no mundo, vê ela sendo intubada, sondada, cortada e ainda pergunta calmamente qual o tipo de anestésico foi utilizado e se o antibiótico já foi feito. Assim a Medicina nos torna verdadeiras rochas, fortes, que não choram, que são maiores que o mundo, que andam de branco porque se parecem com anjos (já disse aqui antes que anjos não têm asas), que flutuam nos hospitais, porque se acham deuses, porque curam, porque algumas vezes devolvem à pessoa aquilo que ela queria de volta. E friamente vão dormir em suas casas, mais médicos do que nunca, menos humanos do que quando entraram na faculdade. Pensei mesmo que nunca mais fosse filosofar diante disso tudo. Diante da frieza a qual meu coração tomou conta. Diante de tantas rochas que estão a minha volta. Diante da armadura que eu uso, em forma de jaleco branco (com detalhes verdes, ou rosas, ou azuis, a depender do dia). Mas eu descobri que médicos (ou quase médicos) também choram. E isso não os torna menos fortes. Tudo pode parecer muito normal, ainda mais pra uma quase médica que sobretudo é espírita. Pra uma pessoa que acredita em vida após a morte, que vê anjos algumas vezes, que já se comunicou com pessoas mortas, pra essa pessoa a morte nada mais é do que literalmente trocar de roupa. A morte é apenas a passagem pra um lado melhor, ou talvez pior, não sei, ainda não o conheci. Alias, o conheci, mas não me recordo. Sei que não foi à toa que vim nesta vida como médica. Lá em cima eu escolhi ser médica. Como em várias outras vidas eu sempre julguei, resolvi chegar neste mundo pra ajudar. Escolhi um caminho mais curto para a evolução da minha alma, o amor, a caridade, a doação. E mesmo que tudo pareça tão óbvio e normal, mesmo que naquela cirurgia eu não tenha sentido nem um friozinho na barriga (ainda que a pessoa que eu mais amo já tenha 81 anos), eu sei que eu escolhi ser médica lá em cima porque eu não queria mais julgar. E aqui na terra, sem saber das minhas decisões antes de reencarnar, eu tentei enveredar pelo caminho do julgamento, como fiz tantas outras vezes, mas desta vez eu desisti no meio do caminho. Desisti e chorei, porque por mais fria que a Medicina me torne, ainda assim eu estarei fazendo o bem às pessoas. E em 5 anos de frieza e fortaleza, eu nunca me arrependi da escolha que fiz. Hoje sei de algumas coisas sobre meu passado, já bem passado, de mil e poucos anos atrás. Hoje sei o motivo de cada lágrima, de cada pedra no caminho. Não recordo das outras vidas. Não sei pelo que passei durante todos esses mil e poucos anos e tantas reencarnações para evoluir uma alma que precisa. Só sei que estou aqui porque todas as pedras que me serão postas no caminho, eu conseguirei passar. E eu consegui escolher a Medicina e largar o Direito de maneira inconsciente porque de alguma forma eu já evolui. Evolui o suficiente para perceber o meu caminho. Para saber que os muitos que um dia eu machuquei agora por mim serão tratados. E as muitas vidas que eu tirei, agora eu darei ao menos um pouco de esperança e dignidade. Meus pés estão firmes no chão porque minha alma por Deus está segura. E assim como eu sei do meu passado agora, eu sei de outras coisas. Como eu disse, eu vejo anjos. Alguns desencarnados, outros encarnados. Mas eu reconheço eles em qualquer lugar. E essa pessoa que eu mais amo é um anjo. Tem uma luz que vem dela, não sei explicar. Só quem consegue ver vai entender o que eu digo. E eu morro de medo de ver outros espíritos que não sejam anjos. Tenho medo da escuridão, do preto. Por isso também que eu escolhi o branco. Escolhi a luz. A luz, que é a soma de todas as cores. A luz que alegra meus dias. A luz que eu vejo em alguns encarnados. A luz que eu vejo ao lado de alguns que precisam. A luz que eu não vejo ao lado de alguns que eu acho que precisam. Ainda não perdi minha mania de achar, de julgar. Talvez eles não tenham essa luz ao lado porque estão pagando por algo muito grave como eu já paguei em tantas encarnações. Talvez até em algum momento eu tenha passado por esta mesma situação, não sei. Só sei que às vezes ainda julgo, ainda contesto, ainda reclamo das ordens divinas. Reflexos de outras vidas. Mas vou-me reeducando, alimentando a luz, alimentando os bons espíritos, acreditando nos anjos que vejo e na maneira como os anjos encarnados me ajudam a levar a vida. Obrigada a esta pessoa que eu amo por ter reencarnado apenas para me ajudar a caminhar com minhas próprias pernas. Seu trabalho foi muito bem feito. E às vezes isso me deixa triste, porque sei que sua missão está acabando. Sei que você vai voltar pra aquele mundo maravilhoso da colônia e que eu vou demorar pra chegar lá e vê-la novamente. Vai ficar aqui um vazio, uma falta, um sentimento de que meu anjo não está comigo. Mas eu vejo anjos. Então essa fata será suprida (espero).
Não sei o motivo de estar escrevendo assim, como se eu fosse perder meu anjo agora, imediatamente. Não sei o motivo de uma espírita que vê anjos ter medo desse momento. Não sei. Mas sei que tudo um dia me será novamente explicado. Sei que nada é por acaso. Sei que vou voltar à colônia para aprender ainda mais, para salvar ainda mais, para trabalhar por prazer, como os medicos da ala de recuperação. Eu não tenho o mínimo medo do dia que eu for embora. Meu medo é o dia que meus anjos se forem. Meu medo é não conseguir vê-los especificamente. Meu medo é esse desconhecido, essa desconfiança de que é possível (e provável) que eu não os veja e tenha que caminhar sozinha por longos anos, que lá são segundos. Mas eu vou caminhando rumo a este desconhecido. Eu já sei até mais do que deveria. E um polegar pra baixo algumas vezes me trouxe muitas encarnações e muito sofrimento. Me trouxe uma doença psiquiátrica leve desta vez, com uma inteligência além do normal, comum nessa doença. Sei que não sou normal. Mas não desejo ser. Desejo evoluir com as armas que Deus me deu. Deus me deu dois I's: inteligência e impulsividade. E estas são as minhas armas para retirar as pedras do meu caminho, para transformar grandes pedras em grãos de areia. Gosto dos desafios que eu supero. Gosto também de tentar superar outros. E assim vou vivendo. Até que um dia eu volte pra minha colônia e encontre os meus anjos (tanto os que hoje estão encarnados, como os que já estão desencarnados). Porque eu sei que acordar na colônia e vê-los todos vai ser o momento mais feliz da minha vida eterna...
PS: agora que vi que o dia que eu escrevi isso era uma quarta-feira de cinzas... =X

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Español me parece más triste...


Yo no sé si és lo mejor momiento para hablar, o si lo quiero, o si lo debo. Solo sé que hoy yo estoy excepcionalmente sentimental. Como se al salir del sol todo lo que supiste era que lo día seria terrible. Estoy sola. Sola como nunca estube. Sola como siempre supe que podria estar, pero no quería creer. Estoy sola como si yo estubiesse en españa. Como si todos mis amigos tibesem desaparecido. Mientras, yo no sé si los tego. No sé a quien tengo. Solo sé que mi mama y mi papa están haciendo más falta de lo que pensaba. Mucho além de todo que yo podria prever. Y este tiempo longe, este tiempo de crise, este tiempo servió para mostrarme o cuanto yo los amo, lo cuanto ellos son especiales en mi vida, desde el primer de todos los dias hasta el último. Los únicos que me ama como yo soy, que tienem orgullo de mi, que siempre supiram que yo los amaba, mismo cuando yo no lo supia.
A tu, papa, quiero decir que admiro tu inteligencia, tu sabedoria, tu habilidad. A mi mama, admiro la manera como me ama, como dedica su vida a cuerpo y alma a mi y a mis hermanos.
Todo lo que estoy escreviendo és solo para decir lo mucho que los amo. Y dar gracias por toda y cada cosa hecha por mi.
Los amo!
Y quiero mucho que estas últimas 24 horas se passen rápidamente para que yo pueda abrazalos nuevamiente y dizerlos personalmente que no puedo vivir sin ellos.

Buenas noches. Que las estrellas me hagan compañia.

PS: No lo sé si todo lo que escrebi está correcto. Tiene mucho tiempo que no hablo español, más ainda que escrebo. Excusa cualquier error.